domingo, 4 de dezembro de 2011

A Intervenção

Escolhido o local (Passinho), feito as medidas e os sketchUp de percepção. Agora era pensar na intervenção em si. O que fazer com um local pequeno e vazio. As primeiras ideias eram usar móbiles, panos leves, luz. Até que chegamos na ideia de usarmos caixas, sim caixas dentro de uma caixa. Pensamos em representar dentro delas, o exterior, algo abstrato. E deu certo, pelo fato de que a maioria do grupo usou caixas interativas em seus objetos. Inicialmente penduraríamos elas no teto, e elas ficariam flutuando. Mas como o espaço não era muito grande, teríamos problema de público e locomoção do mesmo. Decidimos que as caixas seriam uma extensão da parede. Como se elas estivessem saindo dela. Seriam colocadas dezenas de caixas, apenas 12 seriam interativas. O número remetendo á história do Passinho.
Primeiramente coletaríamos caixas prontas e daríamos a elas um acabamento. Mas, pela dificuldade de encontrarmos caixas adequadas e em bom estado, optamos por montá-las de papel calandrado. Apesar de o trabalho ser maior, a estética e a liberdade de criarmos os tamanhos que julgávamos necessários fez com que escolhêssemos fazê-las.
Pregar as caixas na parede, esse era o nosso grande problema. Não podíamos usar fita dupla face e nem pregos, pois estragaria a parede do local. A idéia então foi usar painéis, de um papel calandrado um pouco mais grosso do que os que foram feitas as caixas. Outro problema, o painel não iria aguentar o peso das caixas, pois algumas com baterias e circuitos ficaram pesadas. Apenas pregá-las com cola ou fita não adiantaria, as caixas seriam descoladas facilmente. A solução foi furá-las, bater o ilhós nos furos e amarrá-las ao painel com fio de nylon. A questão agora era, onde amarrar o painel? No passinho, o pé direito terminava com um pequeno espaço antes de começar o telhado, espaço perfeito para colocar uma ripa, no caso utilizamos um bambu e o encaixamos rente à parede dos fundos.  Ao amarramos o painel, obviamente apareceria outro problema. O painel teve uma inclinação considerável para frente devido ao peso das caixas. A solução foi colar duas caixas no fundo inferior para dar um contra peso e apoiar na parede. Foram usados dois painéis, suficiente para cobrir toda a parede dos fundos.




   O projetor foi preso com lacres a outro bambu, colocado na outra extremidade da parede, rente à porta, de onde iria projetar imagens em uma cerca de bambu em frente ao passinho.Consistia em um vídeo de cerca de 23 minutos onde as imagens passavam em intervalos regulares e algumas músicas instrumentais foram cruciais para a climatização do lugar, proporcionando ao passinho um ambiente leve e aconchegante. A ideia de projetarmos imagens na cerca de bambu em frente ao passinho, veio da necessidade de ocupar as pessoas que ficariam do lado de fora esperando para entrar. As imagens selecionadas e melhoradas, tiveram um efeito surpreendente ao serem projetadas na cerca, algumas ganhavam profundidade e outras se misturavam ao bambu.
     Quatro leds azuis foram colocados atrás da porta, proporcionando uma leve iluminação, além das caixas acesas.  Um banquinho de madeira foi colocado perto das caixas, para quem quisesse, ou não enxergasse nas caixas mais altas pudessem subir.  Ou sentar e ficar assistindo à projeção.



                                     







quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Objeto Interativo






 O primeiro protótipo de objeto interativo foi algo relacionado a um instrumento musical. Depois de várias problematizações o foco da minha ideia mudou completamente.
A ideia então foi de uma caixa, onde com algum tipo de lente a pessoa poderia contrastar o dentro e o fora. Para a montagem da caixa usei papel calandrado e cola branca. Um olho-mágico de porta foi instalado em uma das faces, e na face contrária um buraco. No interior da caixa foram usados dois circuitos simples de leds e  potenciômetros, que ajustavam a iluminação dos dois leds (azul e vermelho) cada potenciômetro foi colocado de um lado de caixa e instalado de modo que ficasse fácil ajustar e brincar com a iluminação lá dentro. O ambiente criado foi de imagens e cds quebrados que refletiam a luz de modo interessante.




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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Interatividade.

MIT Media Lab.
Responsive Environments. 
O grupo "Responsive Environments explora o desenvolvimento e a aplicação de diversos tipos de redes de sensores, coleta e gerenciamento de energia e a base técnica de computação ubíqua (que está em toda parte).Um trabalho realçado em áreas de aplicação variadas, que incluem sistemas automotivos, rodovias inteligentes, instrumentação médica, RFID, wearable computing e mídia interativa.
Coloquei aqui um dos projetos, mas é interessante olhar outros, eles têm uma gama variada e inteligente de inovações. http://www.media.mit.edu/research/groups/responsive-environments


DoppelLap - Ferramentas para a exploração e aproveitamento de dados de rede de sensores.


 DoppelLab é um ambiente virtual imersivo. Transformam modelos arquitectónicos em ambientes de navegação para visualizações de dados do sensor em tempo real, além de plataformas abertas para a construção de aplicações audiovisuais no topo desses dados. Essas aplicações, por sua vez se tornam orientada por sensores de interfaces para atuação e controle do mundo físico. Como uma ferramenta de interface projetada para permitir a rápida análise, visualização, sonorização e desenvolvimento de aplicativos. DoppelLab propõe organizar esses dados pelo espaço de onde provêm e, assim, fornecer uma plataforma para fazer consultas gerais e específicas sobre as atividades, sistemas e relações em um ambiente complexo e rico em sensor.


Tangible Media


O foco do grupo "Tangible Media" é sobre a concepção de interfaces perfeitas entre os seres humanos, informação digital e o ambiente físico. O grupo de mídia tangível está projetando uma variedade de "interfaces tangíveis" com base nessas habilidades, dando forma física à informação digital.


Recompose: interação direta e gestual com uma superfície motorizada


Recompose é um novo sistema para manipulação de uma superfície motorizada. Utilizando coletivamente o corpo como uma ferramenta para manipulação direta, 
Como instrumento de controle, a mão humana continua sendo a interface mais fundamental para o mundo material. Na sequência da revolução digital, isso está mudando, fazendo reexaminar interfaces tangíveis. E  Para resolver isso, o Recompose, permite a manipulação direta e gestual do nosso ambiente físico, permitindo a manipulação funcional de uma superfície motorizada:


Recompose from Matthew Blackshaw on Vimeo.



Há também um grupo que era originalmente do MIT, o Interrogative Disign Group's, que combina Arte e tecnologia em design, infundindo com questões culturais emergentes que desempenham um papel fundamental na nossa sociedade. http://interrogative.org/about/

Inhotim - Croquis

Croquis

       






O Instituto Inhotim é um destino que reúne no mesmo lugar um acervo de Arte Contemporânea, um Jardim Botânico, ações de educação, cultura e cidadania. É a sede de um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil e considerado o maior centro de arte ao ar livre da America Latina.


Bisected Triangle, de Dan Graham.

Pavilhão Miguel Rio Branco


ps: fotos tiradas e editadas por mim. rs

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Dan Graham

Antes de nossa visita a Inhotim, foi pedido que postássemos a respeito de algum artista que tem obras lá. Gostei de Dan Graham, pelo incrível efeito de suas obras, não só em Inhotim, como em outras partes do mundo, onde o observador, a obra e a paisagem em volta se misturam...
Bisected triangle, Interior curve, vidro espelhado e aço inoxidável,  220 x 713 x 504 cm, 2002


Nascido em Urbana, Estados Unidos, no dia 30 de março de 1942, Dan Graham é um grande nome da arte contemporânea, praticante da arte conceitual, crítico de arte e teórico. Mudou-se para Nova York em 1964, abriu a Galeria de Daniels John, onde exibia peças de artistas minimalistas como Carl André, Sol LeWitt, Donald Judd, Robert Smithson e Dan Flavin, trabalhando lá até 1965, quando ele começou a criar suas próprias peças conceituais, começando então sua carreira. 
Sua primeira exibição solo, foi nessa mesma galeria em 1969. Outra exposição importante apresentando Graham foi público/privado, uma exposição que viajou para quatro locais diferentes. A exibição, que incluiu seus pavilhões, fotografias arquitectónicas, performances e instalações de vídeo, teve sua inauguração em 1994 na "Moore College of Art and Design".
Nos últimos trinta anos, Dan Graham revelou-se um arista abrangente. Os talentos de Graham variam desde a fotografia, filmes, vídeos, performances, modelos arquitetônicos e estruturas de vidro e espelhos (entre elas a "Bissected triangle" encontrada em Inhotim), que estabelecem um jogo entre interior e exterior. " São uma espécie de vazio presente, reflexo e translucidez do observador. Olhamos para o objeto, estamos a olhar para nós e para o que está a nossa volta, estamos a olhar para quem está do outro lado e para quem está dentro, fora e no meio. Podemos entrar e brincar lá dentro, nunca sabemos se estamos dentro ou fora." Ele foca a relação entre o observador e suas obras.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Percepção do local da intervenção (SketchUp)

Percepção do passinho no SketchUp, refeita após as críticas.
Imagens: Fotos da Igreja de Bichinho, da rua e do meu pé (quis retratar essa parte dos passos em si) Quadro: Presentation of Jesus in the Temple, de Ambrogio Lorenzetti, atualmente exposta na Uffizi Gallery em Florença na Itália. (dando a ídeia de religiosidade, me remete ao passinho que é usado pelos moradores nas procissões como pequenos "templos" onde são colocadas imagens de santos.)