
Escolhido o local (Passinho), feito as medidas e os sketchUp de percepção. Agora era pensar na intervenção em si. O que fazer com um local pequeno e vazio. As primeiras ideias eram usar móbiles, panos leves, luz. Até que chegamos na ideia de usarmos caixas, sim caixas dentro de uma caixa. Pensamos em representar dentro delas, o exterior, algo abstrato. E deu certo, pelo fato de que a maioria do grupo usou caixas interativas em seus objetos. Inicialmente penduraríamos elas no teto, e elas ficariam flutuando. Mas como o espaço não era muito grande, teríamos problema de público e locomoção do mesmo. Decidimos que as caixas seriam uma extensão da parede. Como se elas estivessem saindo dela. Seriam colocadas dezenas de caixas, apenas 12 seriam interativas. O número remetendo á história do Passinho.
Primeiramente coletaríamos caixas prontas e daríamos a elas um acabamento. Mas, pela dificuldade de encontrarmos caixas adequadas e em bom estado, optamos por montá-las de papel calandrado. Apesar de o trabalho ser maior, a estética e a liberdade de criarmos os tamanhos que julgávamos necessários fez com que escolhêssemos fazê-las.

Pregar as caixas na parede, esse era o nosso grande problema. Não podíamos usar fita dupla face e nem pregos, pois estragaria a parede do local. A idéia então foi usar painéis, de um papel calandrado um pouco mais grosso do que os que foram feitas as caixas. Outro problema, o painel não iria aguentar o peso das caixas, pois algumas com baterias e circuitos ficaram pesadas. Apenas pregá-las com cola ou fita não adiantaria, as caixas seriam descoladas facilmente. A solução foi furá-las, bater o ilhós nos furos e amarrá-las ao painel com fio de nylon. A questão agora era, onde amarrar o painel? No passinho, o pé direito terminava com um pequeno espaço antes de começar o telhado, espaço perfeito para colocar uma ripa, no caso utilizamos um bambu e o encaixamos rente à parede dos fundos. Ao amarramos o painel, obviamente apareceria outro problema. O painel teve uma inclinação considerável para frente devido ao peso das caixas. A solução foi colar duas caixas no fundo inferior para dar um contra peso e apoiar na parede. Foram usados dois painéis, suficiente para cobrir toda a parede dos fundos.


O projetor foi preso com lacres a outro bambu, colocado na outra extremidade da parede, rente à porta, de onde iria projetar imagens em uma cerca de bambu em frente ao passinho.Consistia em um vídeo de cerca de 23 minutos onde as imagens passavam em intervalos regulares e algumas músicas instrumentais foram cruciais para a climatização do lugar, proporcionando ao passinho um ambiente leve e aconchegante. A ideia de projetarmos imagens na cerca de bambu em frente ao passinho, veio da necessidade de ocupar as pessoas que ficariam do lado de fora esperando para entrar. As imagens selecionadas e melhoradas, tiveram um efeito surpreendente ao serem projetadas na cerca, algumas ganhavam profundidade e outras se misturavam ao bambu.
Quatro leds azuis foram colocados atrás da porta, proporcionando uma leve iluminação, além das caixas acesas. Um banquinho de madeira foi colocado perto das caixas, para quem quisesse, ou não enxergasse nas caixas mais altas pudessem subir. Ou sentar e ficar assistindo à projeção.
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